terça-feira, 15 de janeiro de 2008

Top 5 dos Abomináveis nos transportes

Há algumas coisas que me tiram do sério, e claro que estas coisas são intensamente vividas por quem se desloca nos transportes públicos desta Urbe.

O top das coisas abomináveis começa com o "assento" das "prenhas". Está em última posição não por ser o lugar reservado a grávidas, idosos, e acompanhantes de crianças de colo, mas sim por estar quase sempre ocupado por "cegos" (e friso os cegos dado não me estar a referir a invisuais) ou por cidadãos de etnia originária em outros países com marmanjões ao colo, ou por bestas em geral, que acham que não vendo o que se está a passar ou numa interpretação assaz sui generis acha que uma criança de 10 anos ainda deve ir ao colo.

A seguir temos os passageiros lateiros. Quem não já sentiu necessidade de se segurar a varões onde dorme, encostado, um animal que julga que é a mesma coisa pagar um bilhete para viajar ou pagar um quarto de pensão na rua do Benformoso . Outro tipo dentro da mesma categoria e por isso ex equo é aquele porco que põe as patas nos assentos.

Temos depois o apressadinho. É aquele que se levanta logo após o transporte abandonar a paragem imediatamente anterior àquele em que deseja sair, corre para a porta e pergunta a todos os que encontra pelo caminho se "vai sair". É claro que "não vai sair"! Estamos em andamento, dah! Logicamente causa um incómodo tremendo a pessoas que se desviam e contorcem, especialmente se o transporte for cheio, para que este avance cerca de dois centímetros em direcção à porta. No fim acaba por ter que aguardar para sair como toda a gente.

Chegamos ao histérico. Estão-no sempre a pisar, a empurrar, a não deixar sair, a não se sentar, a não se calar... dêem-lhe um tiro, por favor.


Chegámos ao pódio. Os três primeiros lugares.

Em terceiro temos " o robin dos bosques moralista". Quantos já se confrontaram com uma espécie que tenta ajudar todos os passageiros arranjando lugares para aqueles que julga necessitarem nunca o fazendo nos locais certos para o efeito. O o tipo que resolve todos os tipos de problemas especialmente dentro de carruagens apinhadas de gente. Ouvimos este passageiro muitas vezes gritar as famosas vozes de ordem: - abra atrás faz favor. Ou o não menos famoso : vamos a chegar à rectaguarda. Ou o famoso " co licença deixa sair, deixa s a i r .

Em segundo lugar está o "estátua ingénua". Planta-se em lugares chave, geralmente onde melhor consegue dificultar as entradas e as saídas não se movendo apenas encolhendo os ombros e esboçando um sorriso amarelo com um leve pestanejar dos olhos a cada encontrão que leva de quem tem que passar por ele como quem diz " ai que brutos... Com tanto espaço para passar..."

Em primeiro, e estes deixam-me mesmo com vontade de partir para a estupidez. São o que eu chamo de "passageiro cabrão".
O passageiro cabrão é-o porque nasceu assim. Pois, nasceu cabrão. É o tipo de passageiro que se está a borrifar para tudo excepto para ele. E há-os de todos os sexos e de todas as idades. Mas quem é esta espécie afinal. O que faz ela. Faz simplesmente apenas uma coisa.

- Quantos de vós, cheios de respeito e na melhor das cortesias, pensando que alguém quer passar para sair, se desvia, se contorce, muitas vezes ficando sem onde se agarrar convenientemente, num equilíbrio periclitante e precário, e afinal o gajo agarra-se onde no segundo antes voçês estavam agarrados, e se colocam confortavelmente no sítio onde voçês viajam confortavelmente deixando-vos ali, em desespero, quase a cair, com os pés trocados para não pisarem ninguém e sem hipótese de se comporem porque está tão cheio que nem se conseguem mover a não ser para cair em cima dos outros passageiros?

Pois, também acho. Estes merecem a morte.

2 comentários:

Alexa disse...

Muito boa descrição dos "tipos" de passageiros dos nossos transportes públicos!
Mas faltou falar do "passageiro que tem medo de chegar à retaguarda"... e consequentemente, atravanca o autocarro todo e não deixa mais ninguém entrar! São uns quantos por aí, todos os dias. E, para mim, está em 1º lugar no pódio da estupidez e falta de respeito na utilização de transportes colectivos.
Um abraço

ManiacaDosPorques disse...

Ja tenho saudades tuas e das nossas conversas meu "mestre" João... sinto que tenho ainda muito para aprender mas, no entanto, tenho falta de quem me ensine e me mostre o que está para além do garantido.

São muitos os que fazem ruído mas poucos os que emitem uma eloquente melodia!!

Beijinhos